Olá pessoas!
Mais uma expansão, mais um bloco que ficou para trás! Gritos de felicidade por alguns, mágoa e lágrimas por outros, tudo pelo desaparecimento de Sphinx’s Revelation do formato. No entanto é altura de olhar em frente e ver o que o futuro nos reserva. Eu pessoalmente acho Khans of Tarkir extremamente emocionante. Existe um enorme potencial por parte das novas mecânicas e das novas shards lançadas recentemente. Como não podia deixar de ser tenho algumas brews na minha cabeça que vou passar ao meu povo. Hoje trago um deck que considero bastante competitivo (suficiente para chegar a tier 1) para os próximos tempos: uma versão Midrange de grande poder que segue os caminhos do novo clã Mardu.
Mardu Midrange by João Marreiros
| Lands (26) 1 Urborg, Tomb of Yawgmoth 4 Caves of Koilos 3 Battlefield Forge 3 Temple of Silence 2 Temple of Malice 2 Temple of Triumph 4 Bloodstained Mire 2 Swamp 2 Mountain 3 Nomad Outpost  | 
Other Spells (23) 2 Sarkhan, the Dragonspeaker 3 Elspeth, Sun’s Champion 4 Hero’s Downfall 1 Mardu Charm 3 Sign in Blood 1 Read the Bones 3 Banishing Light 2 Bile Blight 4 Thoughtseize  | 
| Creatures (11) 4 Brain Maggot 3 Brimaz, King of Oreskos 4 Butcher of the Horde  | 
Sideboard (15) 2 Ajani’s Presence 2 Anger of the Gods 1 Reprisal 2 Deicide 1 Deflecting Palm 3 Goblin Rabblemaster 1 Arc Lightning 2 Magma Spray 1 Cranial Archive  | 
Esta é a brew que eu pessoalmente gosto mais de tudo o que tentei fazer.
Curva bastante bem em ameaças, tem respostas para tudo, quer em removal ou hand disruption, card draw… Diria que a maior fraqueza deste deck é mesmo a enorme exigência de mana. O facto de haver imensas cartas que pedem duas manas específicas pode não ser o ideal para curvar e deixanos um pouco menos consistentes para jogar o que queremos quando queremos. No entanto o resto do deck compensa! É um deck mais virado para late game, contendo respostas rápidas e eficázes para ameaças quer rápidas quer lentas e, quando joga uma ameaça, esta pode ganhar o jogo sozinha. Desde já gostaria de destacar uma das cartas que me inspirou na criação do deck: Butcher of the Horde. Senhoras e senhores dêem as boas vindas ao novo e melhorado Desecration Demon de standard. Se esta carta fosse apenas uma 5/4 com voar por quatro de mana, já era bastante jogável no deck, com a habilidade de sugar habilidades ao custo de uma criatura (que normalmente é sempre um mero Token 1/1) torna-se uma estrela. O facto de poder ficar com lifelink aumenta a jogabilidade do deck, visto que se pode perder muita vida com a base de mana e com recursos como Sign in Blood e Thoughtseize.
Basicamente qualquer pessoa podia chamar a esta brew Mardu Good Stuff. E de certo modo não estariam errados, visto branco e preto têm as melhores ameaças e removal do formato, no entanto, para montar um deck de midrange como este, tive em bastante atenção as quantidades e fazer escolhas que considero adequadas. Em termos de removal, decidi insistir mais em removal geral como Hero’s downfall e Banishing Light porque o formato ainda não está descoberto, logo é incerto o tipo de criaturas que vão dominar o meta. Desta forma estas duas cartas são a escolha melhor e mais segura, não só porque matam qualquer criatura e planeswalker como, a segunda possui a capacidade de destruir as Banishing Light do lado oposto. Há certas coisas que simplesmente são fáceis de prever. E prever que estas duas cartas são a melhor escolha actualmente é uma delas.
A divisão de três Sign in Blood e um Read the Bones é justificada pela exigência de mana. Para todos os efeitos, Read the Bones é melhor em late game e o contrário para Sign in Blood. Ao fazer esta divisão, permite garantir a segurança de atingir mais recursos como removal mais cedo e, diminuir um pouco a tal exigência que se pode virar contra nós.
Apenas uso uma cópia de Mardu Charm, mas é uma das mudanças para a qual estou mais virado. A possíbilidade de fazer um Duress a velocidade instantânea é bastante aliciante. O meu racioncínio foi o seguinte: apesar de ser uma carta bastante versátil e de ter a capacidade de fazer tudo aquilo que o deck quer, é pior que qualquer uma das outras que já estão. É removal pior que Hero’s Downfall, hand disruption pior que Thoughtseize e a terceira habilidade é raro acontecer. É no entanto extremamente importante porque, mesmo pior, é adaptável à situação do jogo e é mais uma carta de removal ou mais uma de disruption, ficando assim com 10 cartas da primeira categoria e 9 da segunda. Fica bastante provável calhar uma ou duas por jogo, que é o mínimo que se quer.
Explicando o sideboard.
Ajani’s Presence é simplesmente a melhor resposta a qualquer deck que, como nós, possua muito removal ou até mesmo aos muitos End Hostilities que nos esperam nos próximos dois anos. Basicamente é uma carta de valor excelente contra qualquer deck Midrange ou Control tradicional.
Anger of the Gods situa-se exactamente na face oposta da moeda. Responde com uma troca insanamente favorável fazendo um por dois ou três ou tanto quando possível. Ajuda bastante a lidar com qualquer deck Aggro.
Com o mesmo objectivo temos Arc Lightning. Mais uma vez, esta variância tenta diminuir a exigência de mana.
Ainda na mesma luta de tentar parar a agressividade rápida dos possíveis mono black que aí vêem, duas cópias de Magma Spray lidam com qualquer one drop destes decks e até com a maior parte de two drops, obtendo valor extra quando atingem a nova arma destes decks: Bloodsoaked Champion.
Reprisal é uma ajuda extra para os Mono green devotion que estão à espera de entrar em campo. É instantâneo, eficaz, apenas pede uma mana específica, perfeito.
Deicide fazem parte das respostas aos tais factores fáceis de prever. Deuses, banishing Light… Tudo fora.
Os Goblin Rabblemaster entram contra qualquer matchup de control ou midrange parecido ao nosso (se não levar brimaz). Estes substituem exactamente o Brimaz, king of oreskos, visto que, esta inclusão impõe um impacto imediato se não for anulado ou morto antes da fase de combate. Se o trgger acontecer nem que seja uma vez, o oponente já vai ter mais que um objecto com que lidar.
Por fim Deflecting Palm é tech! Pode evitar um Stoke the Flames, pode prevenir certos tipos de removal, mas o maior valor vai surgir ainda contra os decks de mono green devotion. Estes conseguem invocar com alguma facilidade criaturas com grande poder! Conseguir dar seis, sete de dano ao oponente por dois de mana enquanto se previne esse mesmo dano, pode ser um finisher ou um Time Walk. É algo que ainda está em fase de testes mas a hipótese, mesmo que remota, pareceu bastante boa.
É esta a minha previsão de super potência para as batalhas que aí vêem. Espero que gostem e acima de tudo que se divirtam. Como haveriam de não gostar? As melhores cartas do formato estão incluídas (Elspeth, sun’s champion e Thoughtseize).
Obrigado,
João Marreiros