Várias perspectivas de Jund
Olá pessoas!
Ando numa altura chata que me acontece várias vezes quando estou a uma certa distância de um torneio importante e da qual não gosto muito. Sou bastante indeciso a decidir qual o deck que vou utilizar num torneio e, neste caso, a indecisão reflecte o futuro Grand Prix Madrid em Novembro (formato modern).
Até agora estou inclinado para Blue Moon, no entanto o meu cérebro não pára de inventar coisas novas para tentar quebrar o formato. Algo que honestamente não me agrada muito no Blue Moon, é o facto de ser na sua maioria um deck de ódio. Neste caso ódio contra tier 1. Isto significa que, o deck contra decks tier 2 não é nada bom. Um deck de Hate Bears que jogue aether Vial ao primeiro turno é bastante letal. Um deck de Merfolks que tenha um arranque decente, é bastante perigoso. Ao ir a um GP estou mais à espera de encontrar os grandes decks como Jund, Twin e UWR control, no entanto, tal não é certo.
Vamos então as razões pelas quais o meu cérebro não me deixa dormir. Ultimamente tenho andado a “brincar” com as cores de Jund. Abundancia em removal e, não só para criaturas, atrai-me bastante. Em particular, atrai-me a utilização de aquilo que é para mim a melhor carta de Modern e Standard: Abrupt Decay. Se esta carta pudesse ser anulada, continuava a ser uma carta incrivelmente poderosa, mas com este ultimo facto a contar, fica para mim quase demasiado boa.
Vamos então a ideias:
Jund Pod by João Marreiros
| Lands (23) 2 Blood Crypt 3 Copperline Gorge 2 Forest 1 Marsh Flats 3 Misty Rainforest 3 Overgrown Tomb 2 Raging Ravine 2 Stomping Ground 1 Swamp 4 Verdant Catacomb  | 
Other Spells (11) 4 Birthing Pod 4 Abrupt Decay 3 Chord of Calling  | 
| Creatures (26) 4 Birds of Paradise 1 Burning-Tree Shaman 3 Elves of Deep Shadow 1 Eternal Witness 1 Falkenrath Aristocrat 1 Huntmaster of the Fells 3 Kitchen Finks 1 Melira, Sylvok Outcast 2 Murderous Redcap 1 Reclamation Sage 1 Scavenging Ooze 1 Spellskite 1 Thragtusk 2 Thundermaw Hellkite 1 Viscera Seer 2 Wall of Roots  | 
Sideboard (15) 1 Fulminator Mage 2 Huntmaster of the Fells 1 Olivia Voldaren 1 Thrun, the Last Troll 2 Ancient Grudge 3 Domri Rade 4 Thoughtseize 1 Thragtusk  | 
Este build tem vantagens e desvantagens em relação aos Pod “normais” (vou considerar Melira Pod visto que é o mais jogado e, provávelmente o melhor). Ao perder o branco, a curva fica debilitada nos 2 de mana ao perder Voice of Resurgence tornando o deck pré sideboard mais fraco contra control e com um inicio mais fraco. Perder Linvala, keeper of silence torna-nos também mais vulneráveis contra twin e Pod. No entanto, há sempre outras coisas que compensam. Huntmaster of the Fells é uma inclusão cheia de valor neste deck. Uma activação de Pod a ir buscar esta carta e passar o turno para se transformar de imediato parece claramente vencedor. Ficar com duas criaturas em jogo, ganhar 2 de vida e ainda obter uma activação de 2 de dano na criatura alvo e 2 de dano no oponente pode dar a volta ao jogo. É bom contra controlo visto que ficam 2 criaturas em vez de 1, é bom contra Pod devido à possíbilidade de ser removal e ficar com vantagem na mesa… Uma das grandes razões para abdicar de branco. Outra razão é Falkenrath Aristocrat. Além de ser um sacrifice enabler mais fácil de obter que o tradicional Viscera Seer, é uma carta extremamente agressiva e perigosa. Tal agressividade é também obtida com 2 cópias de Thundermaw Hellkite que, é actualmente uma boa opção para o metagame de modern actualmente visto que os decks de Junk com Lingering Souls estão a reinar. Como perdemos algum ódio a twin, há que balançar a escala: Burning-tree shaman entra para a vitória. Enquanto esta criatura está em jogo, não me parece que alguém vá combar com twin.
Em termos de sideboard, também ganhamos algumas mais-valias. Mais 2 cópias de Huntmaster of the Fells contra Pod, controlo, entre outros decks que tirem da lista inicial cartas como Burning-tree Shaman que só serve mesmo contra twin.
Olivia Voldaren é uma escolha que rápidamente saí do controlo do oponente, pricipalmente contra Pod. Uma activação a nomear Kitchen Finks, entra Olivia em jogo e ainda existe mana para matar uma ou duas criaturas do oponente e alimentar esta bomba…! Se o oponente não lida rápidamente com este ameaça, perde o jogo.
Domri Rade penso que é uma escolha melhor que Chord of Calling contra qualquer deck de control. A partir do momente que este entra em jogo, podemos comprar cartas suficientes para o gás não acabar. Mesmo que todos os turnos o oponenete consiga fazer a típica troca de 1 por 1 com removal, eventualmente vai acabar o removal mas as criaturas não acabam. Já para não falar do facto que se chegar ao ultimate (que não é dificil), o jogo está ganho.
Sendo um deck com uma vertenta mais pro-activa e agressiva do que o tradicional Pod reactivo, acho que cartas como Thragtusk fazem mais sentido. Até porque é uma criatura que pode virar o jogo ou, se for um caso de corrida, é um grande passo à frente.
Outra perspectiva:
Jund Pure Control
| Lands (24) 3 Blackcleave Cliffs 2 Blood Crypt 1 Forest 3 Marsh Flats 1 Mountain 2 Overgrown Tomb 2 Raging Ravine 1 Stomping Ground 3 Swamp 1 Treetop Village 1 Urborg, Tomb of Yawgmoth 4 Verdant Catacombs  | 
Other Spells (34) 2 Chandra, Pyromaster 3 Liliana of the Veil 2 Batterskull 4 Phyrexian Arena 4 Abrupt Decay 3 Dismember 3 Lightning Bolt 2 Terminate 1 Anger of the Gods 1 Damnation 4 Inquisition of Kozilek 2 Maelstrom Pulse 3 Thoughtseize  | 
| Creatures (2) 1 Grave Titan 1 Thrun, the Last Troll  | 
Sideboard (15) 2 Grafdigger’s Cage 1 Trinisphere 1 Thrun, the Last Troll 2 Ancient Grudge 2 Geth’s Verdict 1 Anger of the Gods 3 Duress 1 Slaughter Games 2 Sowing Salt  | 
Para quem quer jogar destas cores em Modern mas não quer comprar os tradicionais Tarmogoyf e Dark confidant, este deck é ideal. O objectivo deste deck é fazer todas as trocas necessárias quer 1 por 1 quer 2 por 1 (ou melhor com damnation), até jogar uma das grandes ameaças e ganhar apenas com isso (como um deck de control normal). O facto de o deck jogar com Phyrexian Arena em vez de Dark Confidant é pelo facto de, além das ameaças que vão ganhar o jogo serem pesadas em custo de mana (que causariam muito dano quando reveladas do confidant), este deck é suposto fazer durar o jogo durante mais tempo, logo o dano que recebemos das cartas que nos dão draw tem de ser minimizado. Esta carta é uma das chaves do sucesso do deck, visto que queremos fazer várias trocas mínimas, há que arranjar maneira de ter recursos para o fazer todos os turnos (se necessário).
Em relação às ameaças: Thrun, the last troll é uma espécie de Lock em muitos decks do metagame actual. O facto de não puder ser anulado faz com que não seja preciso fazer disruption antes de o jogar. A segunda cópia no sideboard é exactamente contra decks de control que não têm maneira de o remover. Já UWR Control a jogar com Porphyry Nodes a sideboard exactamente por esta razão, mas ainda assim, se não lhes calhar essa carta, está ganho.
Duas cópias de Batterskull são também para compensar a perda de vida ao longo do jogo. Tanto pela base de mana, os thoughtseize e phyrexian arena podem reduzir a vitalidade do utilizador do deck bastante depressa. Este equipamento, além de poder ser reutilizado com alguma facilidade, ganha vida com alguma facilidade.
Grave Titan é uma escolha estranha. No entanto, tanto contra control, contra Midrange é claramente vencedor. O facto de espalhar outras criaturas apenas por entrar em jogo, é o que se precisa contra control, visto que existe pouco mass removal actualmente. Cada vez que ataca espalha mais criaturas ainda, portanto, contra qualquer midrange que tenha as suas próprias ameaças na mesa, não é problema atacar porque vão ficar mais bloquadores.
Em termos de sideboard, não é dificil de perceber. Cada carta lida com ameaças contra as quais, a lista de main tem dificuldade em lidar. Grafdigger’s cage desliga decks de Pod, Scapeshift, Living End, entre outros que dependem do cemitério e do deck. Trinisphere é um auxílio contra combos como Storm. Ancient Grudge é removal contra affinity e tron reutilizável, barato e instantâneo. Geth’s verdict é a melhor opção contra Boggles e até mesmo contra outros Thrun, the last troll que possam utilizar contra nós. Anger of the gods ajuda também a fazer trocas mais económicas e favoráveis contra uma grande variedade de decks agressivos. Duress é uma forma de afirmar que tanto control como combo não vão poder fazer nada contra nós. Slaughter games é uma carta que pode ser apenas um auxílio contra qualquer tipo de deck, ou pode ganhar instantâneamente (remover Ad Nauseam dos decks de combo). Por fim Sowing salt é extremamente necessário para que tron não ponha repetidas ameaças mais perigosas que as nossa em jogo (como Karn).
Espero que tenham gostado destas brews e entretanto vou tentar decidir o que jogar no GP Madrid.
Obrigado,
João Marreiros